La trayectoria y la relevancia estratégica del público infantil para el desarrollo del cine y el audiovisual brasileño

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v14n1.1252

Palabras clave:

Público infantil, Cine brasileño, Cine infantil, Audiovisual infantil

Resumen

Este artículo examina la trayectoria del público infantil y su relación con el cine y el audiovisual brasileño, evidenciando la relevancia estratégica de este segmento para la supervivencia y soberanía de la cinematografía nacional. A pesar de su marginación en los estudios académicos, el análisis revela que las producciones dirigidas a la infancia fueron cruciales en períodos críticos, como durante la crisis de los años 90, cuando representaron el 68% del público entre las películas brasileñas más vistas tras el desmantelamiento de Embrafilme. El estudio mapea desde las primeras iniciativas vinculadas a la idea de un cine educativo hasta la actual diversidad de obras en plataformas, demostrando la importancia de la formación del público infantil para el desarrollo del sector. Asimismo, se discute la importancia de políticas públicas específicas, como las leyes que promueven la inclusión del cine en las escuelas y las recientes legislaciones sobre cuotas de pantalla, concebidas como estrategias para cultivar nuevas generaciones de espectadores brasileños. Finalmente, el artículo concluye que la inversión en la formación de públicos, así como en el desarrollo de obras dedicadas al cine y audiovisual infantil, representa un elemento estratégico para la soberanía cultural brasileña y para garantizar la continuidad y diversidad de la producción nacional frente a los desafíos que se imponen al sector audiovisual.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Arthur Fiel, Universidad Federal de Espírito Santo

Doctor en Comunicación por el Programa de Posgrado en Comunicación de la Universidad Federal Fluminense (UFF). Profesor del Departamento de Comunicación Social y del Programa de Posgrado en Comunicación y Territorialidades de la Universidad Federal de Espírito Santo (UFES), y coordinador del Observatorio del Cine y del Audiovisual Capixaba (OCAC) en la misma institución.

Pedro Alves, Universidad Federal Fluminense

Doctorando en Comunicación en el Programa de Posgrado en Comunicación de la Universidad Federal Fluminense (UFF). Integra el Grupo de Investigación en Animación (AnimaMídia/UFF) y el Núcleo de Investigación en Televisión y Nuevos Medios (TeleVisões/UFF).

Citas

ALTMAN, Rick. Film/Genre. Londres: British Film Institute, 2000.

AMANCIO, Tunico. Artes e manhas da Embrafilme: Cinema Estatal Brasileiro em sua Época de Ouro (1977-1981). Niterói: EdUFF, 2000.

AMANCIO, Tunico. Pacto cinema-Estado: os anos da Embrafilme. ALCEU, v.8, n. 15, p. 173-184, jul./dez., 2007. Disponível em: https://revistaalceu-acervo.com.puc-rio.br/media/Alceu_n15_Amancio.pdf. Acesso em: 19 jun. 2025.

AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA (ANCINE). Evolução do Número de Salas de Exibição – 1971 a 2023. Brasília, DF, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/ancine/pt-br/oca/cinema/arquivos-pdf/evolucao-do-numero-de-salas-de-exibicao-1971-a-2023.pdf. Acesso em: 12 fev. 2025.

AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA (ANCINE). Listagem de filmes brasileiros com mais de 500.000 espectadores – 1970 a 2024. Brasília, DF, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/ancine/pt-br/oca/cinema/arquivos-pdf/listagem-de-filmes-brasileiros-com-mais-de-500-000-espectadores-1970-a-2024.pdf. Acesso em: 12 fev. 2025.

AUTRAN, Arthur. A noção de “ciclo regional” na historiografia do cinema brasileiro. ALCEU, v. 10, n. 20, p. 116-125, jan./jun., 2010. Disponível em: https://revistaalceu-acervo.com.puc-rio.br/media/Alceu20_Autran.pdf. Acesso em: 19 jun. 2025.

BAHIA, Lia; BUTCHER, Pedro; TINEN, Pedro. O setor audiovisual e os serviços de streaming: da necessidade de repensar a regulação e as políticas públicas. Revista Eletrônica Internacional de Economia Política da Informação da Comunicação e da Cultura, São Cristovão, v. 24, n. 3, p. 101–116, 2023. Disponível em: https://ufs.emnuvens.com.br/eptic/article/view/17814/13667. Acesso em: 19 jun. 2025.

BAZALGETTE, Cary; STAPLES, Terry. Unshrinking the kids: Children's cinema and the family film. In: BAZALGETTE, Cary; BUCKINGHAM, David (eds.). In front of the children: Screen entertainment and young audiences. Londres: British Film Institute, 1995.

BERNARDET, Jean-Claude. Historiografia clássica do Cinema Brasileiro. São Paulo: Annablume, 1995.

BROWN, Noel. Change and continuity in contemporary children's cinema. In: HERMANSSON, Casie Hermansson; ZEPERNICK, Janet (Orgs.). The Palgrave handbook of children's film and television. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2019.

BROWN, Noel. The children's film: genre, nation, and narrative. Nova York: Columbia University Press, 2017.

BROWN, Noel; BABBINGTON, Bruce (eds.). Family Films in Global Cinema: the world beyond Disney. Londres e Nova York: IB Tauris, 2015.

CAMPOS, Renato de. Cinema Brasileiro na Época da Embrafilme: penetração de mercado através da ação do Estado. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 9, n. 1, p. 157-165, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2005.v9i1.292. Acesso em: 19 jun. 2025.

FIEL, Arthur Felipe de Oliveira. A tela encantada: infância e conteúdo infantil na TV do Brasil. 2019. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal Fluminense, 2019.

FIEL, Arthur Felipe; ALVES, Pedro; BICHIERI, Lorena. Carrossel encantado: apontamentos iniciais para um mapeamento das mostras e festivais de cinema infantil distribuídos pelo Brasil. Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, v. 11, n. 1, p. 120-145, 2022. DOI: 10.22475/rebeca.v11n1.797.

FIEL, A. F.; SANTOS, A.; CARDOSO D’ABREU, P. . Aproximações entre infâncias, indígenas mulheres e feminismos no filme Tainá (2000). Mídia e Cotidiano, v. 17, n. 3, p. 232-251, 2023. DOI: 10.22409/rmc.v17i3.54636.

HOLZBACH, Ariane Diniz. Para pequenos grandes espectadores: a produção televisiva brasileira direcionada a crianças pequenas a partir do caso da Galinha Pintadinha. E-Compós, v. 21, n. 2, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.30962/ec.1390. Acesso em: 19 jun. 2025.

IKEDA, Marcelo. Revisão crítica do cinema da retomada. Porto Alegre: Sulina, 2022.

LOPES, José de Sousa Miguel. O cinema da infância. Revista Txt: Leituras Transdisciplinares de Telas e Textos, v. 4, n. 7, p.22-35, 2008.

MALLAN, Kerry; BRADFORD, Clare (eds.). Contemporary children's literature and film: engaging with theory. Londres: Palgrave Macmillan, 2011.

MANIMARAN, Jayabarthi; HAMID, Maizurah Khathu Abdul. Switching paradigms: transformative changes in film consumption patterns in the streaming era. Forum Komunikasi, v. 19, n. 2, p. 41-54, 2024. Disponível em: https://forumkomunikasi.uitm.edu.my/images/FK19vol2-latest/FKVOL19_2_2024_03_Film.pdf. Acesso em: 19 jun. 2025.

MELO, João Batista. Lanterna mágica: infância e cinema infantil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

MITTELL, Jason. Genre and television: from cop shows to cartoons in American culture. Nova York: Routledge, 2004.

MITTELL, Jason. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

NAGIB, Lúcia. O cinema da retomada: depoimentos de 90 cineastas dos anos 90. São Paulo: Editora 34, 2002.

O CINEMA e a infância. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, n. 00096, p. 5, 27 abr. 1938.

SCHVARZMAN, Sheila. Humberto Mauro e as imagens do Brasil. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

SILVA, Pedro Henrique Alves. “Atenção, cuidado! Vocês vão se assustar”: o terror infanto-juvenil na franquia Goosebumps. 2023. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.

SIMIS, Anita. Cinema e política cinematográfica. Economia da Arte e da Cultura. São Paulo: Itaú Cultural, p. 137-164, 2010.

SIMIS, Anita. A crise dos anos 1980 e a exibição cinematográfica. EPTIC, São Cristovão, v. 18, n. 2, p. 188–199, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/eptic/article/view/5223. Acesso em: 19 jun. 2025.

VILLELA, Sérgio Renato Victor. Cinema Brasileiro: capital e Estado (três notas breves sobre o cinema brasileiro). Pequisa CNDA/Funarte, Rio de Janeiro, 1979.

Publicado

2025-07-10

Número

Sección

Dossier