Cinema africano: perturbando a ordem (cinemática mundial)
DOI :
https://doi.org/10.22475/rebeca.v5n2.418Mots-clés :
Cinemas africanos, Cinema Mundial, Lixo, NollywoodRésumé
Kenneth Harrow pensa o conceito de “cinema mundial” – e suas novas formulações, a partir do “transnacional” e do “global-local” – à luz dos cinemas africanos, tanto os herdeiros do Terceiro Cinema e dos cinemas de libertação nacional (de Ousmane Sembène a Jean-Marie Téno), quanto os que adotam uma perspectiva experimental ou vanguardista, como Jean-Pierre Bekolo, Mahamat-Saleh Haroun e Andy Amadi Okoroafor, incluindo também os cinemas populares, principalmente Nollywood. Os paradigmas evocados por Krings e Okome (2013) e Diawara (2010) dão ensejo à seguinte questão: como o leque de práticas fílmicas realizadas atualmente na África, dos filmes sérios e independentes às mini-indústrias ao estilo de Nollywood, requer a reconceituação de novas noções transnacionais da globalização (DUROVICOVA & NEWMAN, 2010). Continuando seu trabalho anterior (HARROW, 2012), o autor enfatiza a necessidade de uma abordagem dos filmes africanos baseada em sistemas de valores que funcionem “isomorficamente”. Valores normativos devem ser desestabilizados pela introdução de objetos considerados sem valor pelas escalas tradicionais – no caso, a presença de filmes africanos desestabiliza os critérios de valor do chamado “cinema mundial”.
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