Luz, sombra e crime

A relação entre esquemas de iluminação e narrativa em O destino bate à sua porta, de Tay Garnett

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DOI :

https://doi.org/10.22475/rebeca.v14n1.1046

Mots-clés :

Análise, Cinematografia, Narrativa, O destino bate à sua porta

Résumé

O artigo apresenta uma análise da relação entre cinematografia e narrativa no filme O destino bate à sua porta (Tay Garnett, 1946), centrada nos esquemas de iluminação elaborados por Sydney Wagner, diretor de fotografia da obra, e a capacidade que eles têm de evidenciar a estrutura proposta pelos roteiristas Harry Ruskin e Niven Busch. Partimos da hipótese de que fotógrafos atuantes na Hollywood da década de 1940 também buscavam em seus trabalhos variações dentro do gênero thriller psicológico, inspirando-se em inovações narrativas que preenchiam o panorama literário e cinematográfico da época. Metodologicamente, a pesquisa se ancora no exoesqueleto e nas funções do estilo cinematográfico propostos por Bordwell (2005, 2023) e na análise fílmica de abordagem neoformalista de Thompson (1988), buscando identificar padrões e variações relacionados à utilização de luz de cenário e também de esquemas do tipo low-key e high-key. Como resultado, encontramos evidências de que a iluminação na produção noir pode atuar de maneira alternada e de que o estilo no cinema, além de denotar, expressar, simbolizar e decorar, pode também exercer uma função estrutural.

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Bibliographies de l'auteur

Thiago da Silva Rabelo, Universidade Federal de Goiás

Realiza doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Rodrigo Cássio Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Doutor em Estética e Filosofia da Arte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil. Realizou pós-doutorado em Linguística Aplicada na Universidade de Pisa, Itália. Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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Publiée

2025-07-10

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