Cindir a cena, partilhar o cinema: sobre Bamako, de Abderrahmane Sissako

Autores/as

  • Roberta Oliveira Veiga Professora adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora pela mesma instiuição. Editora da Revista Devires: Cinema e Humanidades (UFMG).

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v5n2.394

Palabras clave:

Cinema africano, Dispositivo, Dissenso, Partilha do sensível

Resumen

No filme Bamako (2006), o diretor mauritano Abderrahmane Sissako coloca lado a lado, num tribunal imaginário, o povo africano (expropriado de suas formas de vida) e as grandes corporações financeiras mundiais. Assim, permite ao cinema escrever a história a contrapelo. No terreno das ficções cinematográficas, atravessada pelo real, impregnada pelo pó da terra e por rostos negros, num mundo dividido e injusto, onde só os donos do capital têm voz, reescrever a história é conceder ao outro o tempo da imagem e do verbo. É, portanto, reinventar a política.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Roberta Oliveira Veiga, Professora adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora pela mesma instiuição. Editora da Revista Devires: Cinema e Humanidades (UFMG).

É doutora em Comunicação Social pela UFMG desde 2008, quando defendeu a tese A estética do confinamento: o dispositivo no cinema contemporâneo. Foi pesquisadora e professora visitante na Universidade do Texas em Austin, onde lecionou a disciplina Brazilian Cinema and Marginality: a comparison of documentary and fiction films, junto ao Departamento de Radio-Televisão-Cinema, Escola de Comunicação. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Comunicação Social na FAFICH-UFMG e professora colaboradora no Programa de Pós-Gradução em Comunicação na mesma instituição. Integra a equipe de editores da revista Devires – Cinema e Humanidades e o comitê de organização do forumdoc.bh (Festival de Cinema Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte). É pesquisadora do grupo Poéticas da Experiência (UFMG), junto ao qual desenvolve a pesquisa “A escrita de si pela imagem: cinema, história e espetáculo”. Acaba de traduzir o livro Nothing Happens: Chantal Akerman’s Hyperrealist Everyday, de Ivone Margulies, para o português.

Publicado

2017-03-31

Número

Sección

Dossier