Guiné-Bissau: do cinema de Estado ao cinema fora do Estado

Autores/as

  • Paulo Cunha
  • Catarina Laranjeiro

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v5n2.373

Palabras clave:

Guiné-Bissau, Descolonização, Políticas Públicas, Amílcar Cabral

Resumen

O objetivo deste artigo é, olhando para o passado da Guiné-Bissau nas últimas cinco décadas, refletir sobre o papel do cinema na construção da sociedade, da nação e do Estado da Guiné-Bissau. Pretende-se fazer um ponto de situação em relação ao projeto inicial de Amílcar Cabral, líder histórico da luta de libertação, que tomava o cinema enquanto meio para a descolonização do gesto e para a emancipação do olhar. Neste percurso, começamos por reconhecer a importância e a influência de movimentos emancipatórios no cinema mundial, como o Terceiro Cinema ou o Nuevo Cine latino-americano, no processo de luta revolucionária dos guineenses contra o colonizador e, posteriormente, no consequente processo de construção de uma identidade ou cultura nacional. Num segundo momento, tentamos relacionar os planos de Amílcar Cabral para a consolidação de uma cinematografia nacional (Cinema de Estado) com o atual cenário cinematográfico no território em que não se vislumbra qualquer política pública para o setor (Cinema fora do Estado).

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Biografía del autor/a

Paulo Cunha

Paulo Cunha é doutor em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra. Leciona Cinema na Universidade da Beira Interior e na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. É pesquisador integrado do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX da Universidade de Coimbra e da Rede Proprietas. É membro fundador e dirigente da AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento. Tem publicado diversos textos sobre cinema português, cineclubismo e cinema de amadores, políticas públicas e modos de produção

Catarina Laranjeiro

Catarina Laranjeiro é doutoranda em Pós-Colonialismo e Cidadania Global no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O seu projeto de doutoramento foca o Cinema e Cosmopolítica como instrumentos para pensar a memória da Luta de Libertação na Guine-Bissau. Realizou o filme Pabia di Aos (2013). Desde 2010, tem colaborado em diferentes projetos que cruzam cinema, arte e antropologia).

Publicado

2017-03-31

Número

Sección

Dossier