La mujer rey
Una lectura crítica desde una perspectiva contracolonial
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v14n1.1170Palabras clave:
Lectura crítica, La mujer rey, Contracolonial, AfrocentricidadResumen
El objetivo de este artículo es realizar una lectura crítica de la obra A Mulher Rei (2022). Metodológicamente, para pensar la realidad de las mujeres africanas en esta película, nos basamos en teorías afrocéntricas, como la teoría de la investigadora nigeriaan Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, y en epistemologías decoloniales. La película cuenta la historia de las Agodjié, un ejército femenino que mantuvo una influencia única en el reino africano de Dahomey. Este estudio es producto del proyecto de extensión Cine Sankofa, realizado en 2023 por la Liga Académica de Relaciones Étnico-Raciales - Sankofa, de una universidad de Minas Gerais. El análisis cinematográfico de este trabajo revela los siguientes resultados: 1) el papel de la mujer africana representada en la película corresponde a la recuperación de la concepción precolonial del poder; 2) la película puede ayudar en el proceso de recuperación de la memoria africana recuperando elementos importantes de agencia y poder del pueblo africano. La eliminación histórica del potencial de los pueblos africanos durante el proceso colonial, solo fue posible mediante el epistemicidio del conocimiento ancestral africano. En este sentido, la película contribuye a la perspectiva afrocéntrica, ya que ofrece elementos para que los africanos en la diáspora se reposicionen como sujetos de su propia historia y como agentes de poder. Finalmente, la obra puede considerarse un elemento importante del cine para la descolonización subjetiva de los africanos en la diáspora, especialmente de las mujeres negras.
Descargas
Citas
A MULHER Rei. Direção: Gina Prince-Bythewood. Produção: TrisStar Pictures e outras. Estados Unidos, 2022. 142 min., sonoro, colorido.
ABUD, Marcelo. O que é contracolonial e qual a diferença em relação ao pensamento decolonial?. Instituto Claro [Educação], 24 mar. 2023. Disponível em: https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-novidades/podcasts/o-que-e-contra-colonial-e-qual-a-diferenca-em-relacao-ao-pensamento-decolonial/. Acesso em: 26 jul. 2023.
ARAÚJO, Ana Lucia; SILVA JÚNIOR, Carlos Francisco. A Mulher Rei: Agodjié, Daomé e o tráfico atlântico de africanos escravizados. Afro-Ásia, n. 66, p. 746-754, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.9771/aa.v0i66.52099. Acesso em: 23 jun. 2025.
ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (org). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Editora Selo Negro, 2009, pp. 93-110.
AUMONT, Jacques. (org.) A estética do filme. Campinas: Papirus, 2009.
BOCANERA, Natália. A Mulher Rei: reescrevendo narrativas, rumo à colonização reversa. Portal Geledés, 27 out. 2022. Disponível em: https://www.geledes.org.br/a-mulher-rei-reescrevendo-narrativas-rumo-a-colonizacao-reversa/. Acesso em: 22 jun. 2025.
CANDIDO, Marcia Rangel; FERES JÚNIOR, João. Representação e estereótipos de mulheres negras no cinema brasileiro. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, p. e54549, 2019.
CARVALHO, Tatiana. Crítica | A Mulher Rei (The Woman King) [2022]. Cinematologia, 22 set. 2022. Disponível em: https://cinematologia.com.br/cine/critica-a-mulher-rei-the-woman-king-2022/. Acesso em: 23 jun. 2025.
CARVALHO, Larissa. Um convite ao encontro com a ancestralidade em The Woman King. Negrê, 21 out. 2022. Disponível em: https://negre.com.br/um-convite-ao-encontro-com-a-ancestralidade-em-the-woman-king/. Acesso em: 23 jun. 2025.
CHAVEIRO, Maylla Monnik. Rodrigues de Sousa. Cabelos crespos em movimento(s): infância e relações étnico-raciais. 2020.Tese (doutorado), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2020.
CHAVEIRO, Maylla Monnik Rodrigues de Sousa. Psicologia Clínica Africana: teoria e prática. 1. ed. São Paulo: Editora Dialética, 2024.
DAMES, Cibonay R. Claiming the Crown – The agency and fandom of “The Woman King”. 2024. Tese (Doutorado). Liberty University, Lynchburg, 2024.
DIOP, Cheikh Anta. Civilization or barbarism: an authentic Anthropology. Tradução de Yaa-Lengi Meema Ngemi. Brooklyn: Lawrence Hill Books, 1991.
DOVE, Nah. Mulherismo Africana – uma teoria afrocêntrica. Tradução de Wellington Agudá. Jornal de Estudos Negros, v. 28, n. 5, maio 1998, p. 1-26.
GLISSANT, Édouard; COSTA, Kélia Prado; GROKE, Henrique de Toledo. Pela opacidade. Revista Criação & Crítica, São Paulo, n. 1, p. 53-55, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i1p53-55. Acesso em: 23 jun. 2025.
GOMES, Nilma Lino. Cultura negra e educação. Revista Brasileira de Educação, p. 75-85, ago. 2003. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000200006. Acesso em: 23 jun. 2025.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro e a intelectualidade negra descolonizando os currículos. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson, GROSFOGUEL, Ramón (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018. p. 223-247.
HALL, Stuart. Representation: cultural representations and signifying practices. London: The Open University, 1997.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Tradução por Daniel Miranda e William Oliveira. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio: Apicuri, 2016.
HOOKS, Bell. Ain’t I a woman: black women and feminism. Londres: Routledge, 1981.
HOOKS, Bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Ed. Elefante, 2019.
HUDSON-WEEMS, Cleonora. Africana womanism: reclaiming ourselves. Troy, Ml: Bedford, 1993.
HUPPES, Ivete. Melodrama: o gênero e sua permanência. Cotia: Ateliê Editorial. 2000.
LARER – Sankofa. Liga Acadêmica de Relações Étinico-Raciais, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). 1º Cine Sankofa. Uberaba, 08 dez. 2023. Instagram: @larer.uftm. Disponível em: https://www.instagram.com/p/C0ma6fcOsoG/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA== . Acesso em: 15 dez. 2023.
LEAL, Natacha Simei. et al. Das confluências, cosmologias e contra-colonizações. Uma conversa com Nego Bispo. Revista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, v. 2, n. 1, p. 73-84, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/5236. Acesso em: 23 jun. 2025.
LETHO. Boss Moves: Thuso Mbedu Becomes L’Oréal Paris Ambassador. Zoom [South Africa]. 29 maio 2023. Disponível em: https://zoomsouthafrica.com/boss-moves-thuso-mbedu-becomes-loreal-paris-ambassador/. Acesso em: 23 jun. 2025.
LODY, Raul Giovanni da Motta. Cabelos de axé: identidade e resistência. São Paulo: Senac, 2004.
MBEMBE, Achille. Sair da Grande Noite: ensaio sobre a África descolonizada. Portugal: Edições Pedago, 2014.
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2009.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. Petrópolis: Vozes, 1980.
OBOT, Charles; OBONG, Ubong Andem. Narratology in Gina Prince-Bythewood’s Film, The Woman King. QISTINA: Jurnal Multidisiplin Indonesia, v.2, n. 1, p. 1-14, jun. 2023. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Ubong-Obong/publication/371178588_Narratology_in_Gina_Prince-Bythewood's_Film_The_Woman_King/.
OLIVEIRA, Eduardo de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na Filosofia da Educação Brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2007.
OLIVEIRA, Fernanda Chamarelli de. Formas de representação das candaces na cultura material em Kush (I AEC e I EC). NEARCO - Revista Eletrônica de Antiguidade e Medievo, v. 12, n. 2, p. 89-115, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/nearco/article/view/56683/pdf. Acesso em: 23 jun. 2025.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
PENAFRIA, Manuela. Análise de filmes - conceitos e metodologia (s). In: VI Congresso
Sopcom. 2009. p. 1-11. Disponível em: https://bocc.ubi.pt/pag/bocc-penafria-analise.pdf Acesso em: 01 de novembro de 2023.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 227-278.
RAHMA, Nabillah Unzila. The representation of Nanisca and Izogie’s struggles for liberal feminism in The Woman King film. 2023. Tese (Doutorado). Universitas Islam Sultan Agung, Semarang, 2023.
RATTS, Alex; NASCIMENTO, Elisa Larkin (orgs.). Beatriz Nascimento: quilombo, comunidade e utopia. São Paulo: Editora Imprensa Oficial, 2018.
SANTOS, Antônio Bispo. Somos da terra. Piseagrama, Belo Horizonte, n. 12, p. 44-51, ago. 2018. Disponível em: https://piseagrama.org/artigos/somos-da-terra/. Acesso em: 23 jun. 2025.
SANTOS, Antônio Bispo. A terra dá, a terra quer. Rio de Janeiro: Ubu Editora; 2023.
SILVA, Priscila Aquino. Cinema e história: o imaginário norte americano através de Hollywood. Revista Cantareira, n. 5, 2004. Disponível em: https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/27801. Acesso em: 23 jun. 2025.
SIQUEIRA, Márcio André Padrão. A desconstrução do fanfiction – a resistência e mediação na cultura de massa. 2008. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
TREVIZAN, Zizi. O leitor e o diálogo dos signos. São Paulo: Cliper, 2002.
XAVIER, Ismail. O olhar e a cena: melodrama, Hollywood, Cinema Novo, Nelson Rodrigues. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
ZACHARY, Brandon. “The Woman King: Jénel Stevens Dishes on Empowering Fight Choreography”. CBR, 23 set. 2022. Disponível em: https://www.cbr.com/the-woman-king-jenel-stevens-interview/. Acesso em: 23 jun. 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro, Carine Campos Santos , Ryan Lopes de Freitas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
1.Los/as autores/as conservan los derechos de autoría y conceden a la revista el derecho a la primera publicación, con la obra simultáneamente licenciada bajo la licenciaCreative Commons Attribution License, que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
2.Los/as autores/as son autorizados/as a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
REBECA está autorizada por una Licencia Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
CC BY-NC-SA
Esta licencia permite a otros entremezclar, adaptar y crear a partir de su trabajo para fines no comerciales, siempre y cuando le den el crédito adecuado y que licencien sus nuevas creaciones en idénticos términos.
Usted está autorizado/a a:
● Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
● Adaptar — mezclar, transformar y crear sobre el material.
El licenciante no puede revocar estas autorizaciones siempre y cuando usted cumpla con los requisitos de la licencia:
· Usted debe reconocer el crédito de forma adecuada, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer en cualquier forma razonable, pero de ninguna manera que sugiera que usted o el uso que usted hace del material tiene el apoyo del licenciante.
· Usted no podrá utilizar el material con fines comerciales.