Modernismo y cine

La fascinación del séptimo arte y el fantasma de la cinematografía nacional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v14n1.1165

Palabras clave:

Modernismo, Lenguaje cinematográfico, Mário de Andrade, Cine brasileño

Resumen

El cine, considerado como una lección de modernidad por la generación de Klaxon, tuvo una influencia decisiva sobre las experimentaciones formales de la literatura modernista y, en manos de Mário de Andrade, se convirtió en objeto de una reflexión crítica y teórica pionera en el país. Sin embargo, la historia de las relaciones entre el modernismo y el cine brasileño estuvo marcada por desencuentros, tanto más inexplicables si recordamos que, a pesar de la precariedad de la producción nacional, en ese período también se estaban llevando a cabo las experiencias inaugurales de nuestro cine moderno, notablemente las películas de Humberto Mauro y Mário Peixoto. Las razones de esta paradoja se discuten en este artículo. En primer lugar, la reflexión se detiene en los textos críticos publicados por Mário de Andrade y su comprensión del séptimo arte, oscilando entre la defensa del “cine puro” y la atracción por la narrativa tradicional del cine norteamericano. Posteriormente, el artículo considera específicamente la problemática del cine nacional, tratando de discutir el desfase entre la literatura modernista y las películas producidas en el país, que solo en la década de 1960, con el Cinema novo, seguirían de hecho y por primera vez, el ideario vanguardista de los años 20.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ivan Francisco Marques, Universidad de São Paulo

PhD in Brazilian Literature from the University of São Paulo (USP). Associate Professor (Livre-docente) of Brazilian Literature at USP and researcher at CNPq (National Council for Scientific and Technological Development). Brasil. 

Citas

ALMEIDA, Guilherme de. Cinematographos: antologia da crítica cinematográfica. Organizado por: Donny Correia, Marcelo Tápia. São Paulo: Editora Unesp, 2016.

ANDRADE, Carlos Drummond de. O observador no escritório. Rio de Janeiro: Record, 1985.

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

ANDRADE, Carlos Drumond de. T’aí!. In: GUIMARÃES, Hélio de Seixas (org.). Amor nenhum dispensa uma gota de ácido: escritos de Carlos Drummond de Andrade sobre Machado de Assis. São Paulo: Três estrelas, 2019.

ANDRADE, Mário de. “Significação”. Klaxon, n. 1, 1922a.

ANDRADE, Mário de. “Do Rio a São Paulo para casar”. Klaxon, n. 2, 1922b.

ANDRADE, Mário de. “The Kid: Charles Chaplin”. Klaxon, n. 2, 1922c.

ANDRADE, Mário de. “Uma lição de Carlito”. Klaxon, n. 3, 1922d.

ANDRADE, Mário de. “Cinema”. Klaxon, n. 5, 1922e.

ANDRADE, Mário de. “Cinema”. Klaxon, n. 6, 1922f.

ANDRADE, Mário de. “Mário Peixoto: Mundéu”. Revista Nova, n. 4, 15 de dezembro de 1931.

ANDRADE, Mário de. Mário de Andrade escreve cartas a Alceu, Meyer e outros. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1968.

ANDRADE, Mário de. Correspondente contumaz: cartas a Pedro Nava (1925-1944). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

ANDRADE, Mário de. A escrava que não é Isaura. In: Obra imatura. Rio de Janeiro: Agir, 2009.

ANDRADE, Mário de. No cinema. . Organização: Paulo José da Silva Cunha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.

ARANTES, Paulo Eduardo. Providências de um crítico literário na periferia do capitalismo. In: ARANTES, Otília Beatriz Fiori e ARANTES, Paulo Eduardo. Sentido da formação: três estudos sobre Antonio Candido, Gilda de Melo e Souza e Lúcio Costa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

BARROS, A. Couto de. “Os condenados”. Klaxon, n. 6, 1922.

BARROS, José Tavares de. “O cinema”. In: ÁVILA, Affonso (org.). O modernismo. São Paulo: Perspectiva, 1975.

BOSI, Alfredo. Arguição a Paulo Emílio. In: Céu, inferno. São Paulo: Ática, 1988.

BRESSANE, Julio. O experimental no cinema nacional. In: VOROBOW, Bernardo; ADRIANO, Carlos (orgs.). Cinepoética. São Paulo: Massao Ohno Editor, 1995.

CAMPOS, Haroldo de. Miramar na mira. In: ANDRADE, Oswald de. Memórias sentimentais de João Miramar. São Paulo: Globo, 2004.

CORREIA, Marlene de Castro. Cinema. In: FERRAZ, Eucanaã; COSENTINO, Bruno (orgs.). Dicionário Drummond. São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2022.

CUNHA, João Manuel dos Santos. A lição aproveitada: modernismo e cinema em Mário de Andrade. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.

DANTAS, Pedro. “Mário Peixoto: Mundéu”. A Ordem, fev. 1932.

ESCOREL, Eduardo. Adivinhadores de água. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

ESCOREL, Eduardo. “Contraposições premonitórias”. Piauí, n. 54, 2011.

FABRIS, Mariarosaria. Cinema: da modernidade ao modernismo. In: FABRIS, Annateresa (org.). Modernidade e modernismo no Brasil. Porto Alegre: Zouk, 2010.

FUSCO, Rosário. “Música e cinema”. Verde, n. 1, 1927.

GARCIA, Walter. Bim bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GOMES, Paulo Emílio Sales. Humberto Mauro, Cataguases, Cinearte. São Paulo: Perspectiva/Edusp, 1974.

GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

GULLAR, Ferreira. Cultura posta em questão, Vanguarda e subdesenvolvimento: ensaios sobre arte. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002.

HOLANDA. Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LOPES, Denilson. Um outro modernismo: Limite, de Mário Peixoto. In: MARQUES, Ivan (org.). Releituras do modernismo: o legado de 1922 na cultura brasileira. São Paulo: Publicações BBM, 2022.

MENEZES, Ana Lúcia Guimarães Richa Lourega de. Amizade carteadeira: o diálogo epistolar de Mário de Andrade com o grupo Verde de Cataguases. 2013. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

MONTEIRO, Pedro Meira (org.). Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda: correspondência. São Paulo: Companhia das Letras/IEB/Edusp, 2012.

MORAES, Marcos Antonio de (org.). Correspondência: Mário de Andrade e Manuel Bandeira. São Paulo: Edusp/IEB, 2001.

MORAES, Vinicius de. O cinema de meus olhos. Organização: Carlos Augusto Calil. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

PIERRE, Sylvie. O cinema novo e o modernismo. In: ______O eureka! das artes puras: Mário de Andrade e o cinema. Tradução: José Carlos Avellar. Rio de Janeiro: UERJ, 1993.

ROCHA, Glauber. Revisão crítica do cinema brasileiro. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

SCHVARZMAN, Sheila. Humberto Mauro e as imagens do Brasil. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

SCHØLLHAMMER, Karl Erik. “A fábula contrariada: a narrativa do cinema”. Palavra: SESC Literatura em Revista, ano 5, n. 4, jul. 2013. p. 82-89. Disponível em: https://www.sesc.com.br/multimidia/publicacoes/revista-palavra-2013/. Acesso em: 21 jun. 2025.

VIANY, Alex. O processo do cinema novo. Organização: José Carlos Avellar. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1999.

XAVIER, Ismail. Sétima arte: um culto moderno. São Paulo: Perspectiva, 1978.

Publicado

2025-07-10

Número

Sección

Temáticas libres