¿Una situación colonial, todavía? Una reflexión sobre la dependencia estructural del cine brasileño

Una reflexión sobre la dependencia estructural del cine brasileño

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n1.1102

Palabras clave:

Cine brasileño, Mercado, Ocupación, Dependencia

Resumen

En este artículo describimos el análisis de datos económicos del mercado cinematográfico brasileño de 2016 a 2019 para argumentar que el cine nacional, aún hoy, tiene un carácter dependiente. A partir de las críticas de Paulo Emílio Sales Gomes y Jean-Claude Bernardet en los años 1960 y 1970 sobre la ocupación del mercado nacional por productos importados, recuperamos teóricamente dos categorías fundamentales de economías dependientes con raíces coloniales: la transferencia de valor como medio desigual del intercambio y la división entre producción y consumo, un divorcio en los ciclos de las fases del capital. Exponemos estas categorías para demostrar cómo, aún hoy, los datos reafirman la ocupación y el dominio del mercado cinematográfico brasileño por parte de grandes compañías - nacionales y multinacionales. Una de las consecuencias inmediatas, entre otras, es que la actividad cinematográfica acaba siendo rentable sólo para unos pocos grupos, mientras que la mayoría de los agentes nacionales acceden sólo marginalmente al mercado de consumo por dificultades de distribución.

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Biografía del autor/a

Noel dos Santos Carvalho, Universidad Estatal de Campinas

Doctor en Sociología por la Universidad de São Paulo (USP). Profesor de Cine en el Programa de Posgrado en Multimedia de la Universidad Estatal de Campinas (Unicamp). Campinas (SP), Brasil.

Jailson Ramos, Universidad Estatal de Campinas

Estudiante de maestría en Multimedia en el Programa de Posgrado en Multimedia de la Universidad Estatal de Campinas (Unicamp). Campinas (SP), Brasil.

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Publicado

2024-07-02

Número

Sección

Dossier