Eduardo Coutinho, Jacques Rancière and the elaboration of the sensitive world of the anonymous

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v12n2.972

Keywords:

Eduardo Coutinho, Jacques Rancière, Political cinema, Identities

Abstract

This paper employs the method of equality to juxtapose the philosophical practices of Jacques Rancière with the documentary practices of Brazilian filmmaker Eduardo Coutinho. We observe a turning point, to some extent shared by both, which involved a break with the more common modes of political action within the left-wing field of the 1960s, leading them to engage in a politics involved in the elaboration  sensitive world of the anonymous. We emphasize how, after this reconfiguration of their political horizons, language assumes a central role in both the philosopher's and the filmmaker's trajectories. We analyze how the film Twenty Years Later (1984) represents a turning point in the filmmaker's trajectory. Next, we underline the temporal operations that govern the conception of the film Peões (2004) and their implications for the role played by the anonymous individuals interviewed on this occasion. We demonstrate how, for both of them, the political task lies in a process of disidentification. Finally, we elucidate the ways in which both Eduardo Coutinho and Jacques Rancière distance themselves from the pedagogical becoming of documentary images, where politics is not limited to the messages conveyed by the latter, but by the reframing they are capable of promoting.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Pedro Caetano Eboli Nogueira, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Doctor and Master's degree holder from the Graduate Program in Design at the Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Professor at the Institute of Art at the Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro (RJ), Brazil.

References

ARAÚJO, Mateus. Eduardo Coutinho, Pierre Perrault e as prosódias do mundo. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 432-449.

BABILÔNIA 2000. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 2000. (80 min).

BEZERRA, Cláudio. Um documentarista à procura de personagens. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 400-412.

BRAGANÇA, Felipe (Org.). Eduardo Coutinho: Encontros. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008.

BRAGANÇA, Felipe. Santo Forte – O rosto, a brecha caótica do cinema e a insurreição libertária da enunciação. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 543-548.

CABRA MARCADO para Morrer. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 1984. (120 min).

CACHOPO, João Pedro. Momentos estéticos: Rancière e a Política da Arte. Revista AISTHE, Rio de Janeiro, v. VII, n. 11, p. 21-41, 2013.

EDIFÍCIO MASTER. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 2002. (110 min).

FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos II: Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

JOGO DE CENA. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 2007. (105 min).

LINS, Consuelo. O cinema de Eduardo Coutinho: entre o personagem fabulador e o espectador-montador. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 375-388.

MARTINS, Carlos Estevam. Anteprojeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura, redigido em março de 1962. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Impressões de viagem - CPC, vanguarda e desbunde: 1960/1970. São Paulo: Brasiliense, 1981. p.121-144.

MESQUITA, Cláudia; GUIMARÃES, Victor. Peões: tempo de lembrar. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 577-604.

MESQUITA, Cláudia; SARAIVA, Leandro. O cinema de Eduardo Coutinho – Notas sobre método e variações. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 388-399.

O FIO DA Memória. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 1991. (115 min).

O FIM E O PRINCÍPIO. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 2005. (110 min).

OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014.

PEÕES. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 2004. (85 min).

RANCIÈRE, Jacques. O Desentendimento: política e filosofia. São Paulo: Ed. 34, 1996.

RANCIÈRE, Jacques. O dissenso. In: NOVAES, Adauto (Org.). A crise da razão. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 367-382.

RANCIÈRE, Jacques. Sobre políticas estéticas. Barcelona: Museu d'Art Contemporani de Barcelona, 2005a.

RANCIÈRE, Jacques. From politics to aesthetics? Paragraph: The Journal of the Modern Critical Theory Group, Edimburgo, v. 28, n. 1, p.13-25, 2005b. Disponível em: https://doi.org/10.3366/para.2005.28.1.13. Acesso em: 22 abr. 2021.

RANCIÈRE, Jacques. O Inconsciente Estético. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 2009a.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. 2 ed. São Paulo: Editora 34, 2009b.

RANCIÈRE, Jacques. The aesthetic heterotopia. Philosophy Today, Ohio, Messenger Press, v. 1, n. 54, p. 15-25, jan. 2010a.

RANCIÈRE, Jacques. O Espectador emancipado. 1 ed. Lisboa: Orfeu, 2010b.

RANCIÈRE, Jacques. O conceito de anacronismo e a verdade do historiador. In: SALOMON, Marlon (Org.). História, verdade e tempo. Chapecó: Argos, 2011a. p. 21-49.

RANCIÈRE, Jacques. O que significa “Estética”? Lisboa: KKYM, 2011b. Tradução de R. P. Cabral. Disponível em: https://tinyurl.com/yc3fnuwu. Acesso em: 29 jun. 2023.

RANCIÈRE, Jacques. The thinking of dissensus: Politics and Aesthetics. In: BOWMAN, Paul; STAMP, Richard (Orgs.). Reading Rancière. Londres: Continuum, 2011c. p. 1-17.

RANCIÈRE, Jacques. As distâncias do cinema. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

RANCIÈRE, Jacques. A Fábula Cinematográfica. Campinas: Papirus, 2013a.

RANCIÈRE, Jacques. A Noite dos proletários: arquivos do sonho operário. Lisboa: Antígona, 2013b.

RANCIÈRE, Jacques. Nas margens do político. Lisboa: KKYM, 2014.

RANCIÈRE, Jacques. Dissenting Words: interviews with Jacques Rancière. Nova Iorque: Bloomsbury Academic, 2017.

RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

RANCIÈRE, Jacques. O método da cena. Belo Horizonte: Quixote Do, 2021a.

RANCIÈRE, Jacques. Tempos Modernos: Arte, tempo, política. São Paulo: Editora ‎N-1, 2021b.

RANCIÈRE, Jacques. Pedro Costa: os quartos do cineasta. Lisboa: Relógio D’Água, 2023.

SANTO FORTE. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil: 1999. (80 min).

WERNECK, Alexandre. Peões. In: OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Edições SESC, Cosac Naify, 2014. p. 573-577.

Published

2024-01-13

Issue

Section

Dossier