Uma ecologia decolonial
Pensando futuros emancipatórios em um navio-mundo capaz de reunir, escutar e celebrar os encontros
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n1.1082Palavras-chave:
Malcom Ferdinand, ecologia, decolonial, racismo ambientalResumo
Desejamos tecer uma resenha sobre a obra Uma Ecologia Decolonial: Pensar a partir do mundo caribenho, do pesquisador, cientista político e engenheiro ambiental martinicano Malcom Ferdinand. Lançada em português no Brasil, em 2022, pela casa editorial Ubu, o livro traduzido por Letícia Mei conta com o prefácio da filósofa estadunidense Angela Davis, conhecida pelo seu ativismo nas pautas feministas antirracistas. Buscamos trazer à tona as principais contribuições da obra de Ferdinand, que nos propõe um fazer-mundo dentro de uma perspectiva decolonial crítica que – considerando a história colonial e seus efeitos sobre as populações humanas e os não-humanos – vislumbra uma outra forma possível de viver e habitar o mundo. O autor parte do pressuposto de que a ecologia é antes de mais nada uma questão de justiça e que a crise ecológica, portanto, é uma crise de justiça. A partir do seu olhar e experiência caribenhos, Ferdinand nos desafia a pensar o projeto colonial tendo em vista, sobretudo, o impulso a uma destruição ambiental, situando, portanto, as questões ecológicas como uma dimensão essencial para pensar a política mundial ancorada nas relações de colonialidade nos dias de hoje.
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Referências
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