Trajetórias fugidias
O espaço na busca pela memória no documentário
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n1.967Palavras-chave:
Documentário, Espaço, Diretoras mulheres, MemóriaResumo
Ao observar a construção de duas obras documentais, articulo a hipótese do espaço como possibilidade de construção, atualização e investigação das memórias mobilizadas por mulheres diretoras. Em Con mi corazón en Yambo de María Fernanda Restrepo (2011, Equador, 139 min) e 108: Cuchillo de palo de Renate Costa (2011, Paraguai, 95 min,), a direção de mulheres é presente em cena, investigando o passado de seus familiares e como se entrelaçam com a vida social e política de seus países. As similaridades entre as obras são ponto inicial da reflexão, mas acabam por resvalar em diferentes trabalhos de memória. A direção de mulheres é abordada, também, a partir de sua relação com o documentário feminista e sua expressividade política. O espaço, assim, é compreendido para além de sua fisicalidade, não-essencialista e com enfoque em sua significação simbólica, criado e criador de sentido pelas diferentes temporalidades. O artigo se propõe a investigar o papel do espaço na narrativa e na constituição de memórias negociados nas obras, apresentando como a retomada e a visita das diretoras aos espaços do passado criam significados.
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