Estudo da movie star Olivia de Havilland: a sua imagem de estrela e o seu processo contra a Warner Bros.

Autores

  • Miguel Moreira Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v7n2.503

Palavras-chave:

Olivia de Havilland, Star Studies, Imagem de estrela

Resumo

O presente ensaio, enquadrado na área dos Star Studies, campo dos estudos fílmicos focado essencialmente em estrelas de cinema, tem como primeiro objetivo demonstrar o contraste entre a imagem de estrela passiva e serena de Olivia de Havilland (o meu objeto de estudo) construída pela Warner Bros.e a afirmação do seu caráter audaz e politicamente ativo ao processar o referido estúdio. Numa segunda parte, pretende evidenciar como aquela divergência parece estar refletida nalgumas das personagens por ela interpretadas logo após o final do seu contrato com a Warner Bros. Essas personagens são as protagonistas dos filmes To Each His Own(Mitchell Leisen, 1946),The Dark Mirror(Robert Siodmak, 1946) e The Heiress(William Wyler, 1949). 

A presente investigação revela-se pertinente, primeiramente, pelo seu caráter inédito. Pelo conhecimento que possuo, a questão dos filmes acima citados refletirem um contraste inerente à imagem da atriz nunca foi considerada. Além disso, deve ser tido em conta o facto dos Star Studies, embora iniciados nos anos 70, serem, ainda hoje, bastante limitados no que toca a uma análise integralmente focada numa movie star. No que a este aspeto diz respeito, é seguro dizer que de Havilland é uma atriz muito pouco abordada se compararmos com atrizes mais conhecidas como Bette Davis ou Rita Hayworth. Considero esta realidade algo injusta dada a prestigiosa carreira de de Havilland, uma estrela possessora de profundos significados estéticos e ideológicos.

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Biografia do Autor

Miguel Moreira, Universidade de Coimbra

Miguel Moreira é licenciado em Ciências da Comunicação (desde 2012) e mestre em Cinema (desde 2014) pela Universidade da Beira Interior. Atualmente, é doutorando em Estudos Fílmicos e da Imagem na Universidade de Coimbra.

Apaixonado pelo Cinema Clássico de Hollywood e pelos estudos Queer e Feministas, é autor da dissertação “Análise Indiscreta: Reinterpretação da teoria feminista de Laura Mulvey sobre Rear Window (1954) e Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock”, defendida em outubro de 2014 (17 valores). Foi jurado na 19ª edição do CineEco (2013) e escreve mensalmente para o jornal O Interior sobre a temática da sétima arte desde setembro de 2015. Já participou no II Encontro "O Cinema e as Outras Artes" (setembro de 2017), onde apresentou a comunicação "A Música e a Dança ao serviço de Judy Garland enquanto Ícone Gay".

Publicado

2019-06-03

Edição

Seção

Temáticas Livres